Escatologia (Parte 5) – A igreja poupada da tribulação

Mostramos aqui porque cremos que as Escrituras ensinam que a igreja não passará pela tribulação.

1.) A promessa à igreja de Filadélfia (Ap 3.10) – O tempo envolvido é o que foi profetizado em Mt 24.21 em diante, a saber, a grande hora de dificuldade que haverá antes da volta do Senhor (Revelação de Cristo). A provação será dirigida aos que “habitam na terra”; significa aqueles que se acomodaram ao mundo, que se identificaram com ele. A promessa de Ap 3.10 não é apenas que Ele livrará os fiéis da tentação, como se a protegê-los dela, mas vai guardá-los da hora da provação, do período como um todo.

2. A natureza da septuagésima semana de Daniel (Dn 9.27) – Datamos o começo da igreja em Pentecostes. Não foi, portanto, parte das 69 semanas. Tampouco será parte da septuagésima semana. Foi dito a Daniel que todas as setenta semanas foram “decretadas” para seu povo e sua cidade santa. A igreja preenche o parêntese entre as semanas sessenta e nove e setenta e não faz parte de nenhum dos dois períodos.

3. A natureza e propósito da tribulação – A “hora da provação” virá para “experimentar os que habitam sobre a terra” (Ap 3.10). Estas são as pessoas que se identificaram com este mundo, as não salvas. É também o “tempo de angústia para Jacó” (Jr 30.7). A tribulação é o período no qual Deus sairá a punir um mundo que rejeitou a Deus e a Cristo. Quando Deus achou que estava na hora de castigar Sodoma e Gomorra, primeiro tirou Ló e sua família daquele lugar. Com relação à igreja, a experiência de Ló nos ensina que Ele a tirará do mundo antes que Seus juízos comecem a cair sobre os ímpios.

4.) Os vinte e quatro anciãos em relação à tribulação (Ap 4.4) – Na visão de João, os vinte e quatro anciãos estavam no céu assentados sobre tronos antes do primeiro selo ser quebrado (Ap 6.1,2), isto é, antes que o primeiro julgamento da tribulação fosse despejado. Quem são estes anciãos? Representam a igreja. A cena mostrada em Apocalipse 4, 5 resulta diretamente do arrebatamento.

5.) A missão do Espírito Santo como reprimidor (2 Ts 2.6-8) – Para que a maldade chegue ao seu pleno desenvolvimento no período da grande tribulação, o Espírito Santo terá de ser afastado. E quando isso ocorrerá? Quando do arrebatamento da igreja, antes da tribulação. A igreja será levada e juntamente com ela será afastado aquele (o Espírito Santo) que agora detém o aparecimento do iníquo (o anticristo).

6.) A necessidade de um intervalo entre o arrebatamento e a revelação – Pelo menos duas coisas terão de acontecer entre esses dois acontecimentos: o julgamento dos crentes e a Ceia das Bodas do Cordeiro. O crente será julgado para saber se tem direito a um galardão ou não (2 Co 5.10; Rm 14.10), e se tiver, qual o tamanho desse galardão (1 Co 3.11-15). O Senhor chamará a si os seus servos para um julgamento particular de suas obras (Lc 19.15). Isto se torna necessário também pelo fato de que, quando voltarem com Ele, imediatamente tomarão posse de sua parte no governo do reino terrestre (Ap 19.14,19; 20.4). O fato de que a Ceia das Bodas do Cordeiro ocorrerá entre os dois acontecimentos é ainda mais óbvio. Em Ap 19.1-10, a cena é colocada no “céu”; no v. 11, o céu se abre e Cristo e seus santos descem à terra. Mas a Ceia das Bodas nos é apresentada nos v. 7-9, e acontece, portanto, no “céu”. É manifesto que um acontecimento de tamanha importância levará algum tempo. Não podemos ficar a pensar que só ocupará um momento. Portanto, deverá haver um intervalo entre o arrebatamento e a revelação.

7.) As exortações à constante expectativa da volta do Senhor – Várias passagens no NT dão a entender que o arrebatamento da igreja está próximo, porque incentivam o cristão a vigiar, tendo em vista a volta iminente de Cristo. Estas passagens se baseiam na presunção de que Ele pode voltar a qualquer hora. Se a tribulação viesse a acontecer antes do arrebatamento, isso daria espaço para que o período de sete anos da tribulação, e os acontecimentos que ali se darão, servisse de aviso prévio. Assim sendo, poder-se-ia calcular exatamente o número de meses antes do retorno de Cristo; desse modo se perderia o senso de iminência que as passagens enfatizam (Mt 24.42; 25.13; Mc 13.37; Ap 3.3).

Fontes: “Palestras em Teologia Sistemática” (H. C. Thiessen), e “A Bíblia e os eventos futuros” (Leon J. Wood).

Ouça essa aula pelo YouTube em duas partes:

Link da 1ª Parte: https://www.youtube.com/watch?v=zaYQZxWJvCM&list=PLsjoeaXyI1DneFX91FEgDr30CkrleYV_Q&index=5

Link da 2ª Parte: https://www.youtube.com/watch?v=ugc_HvE-EFE&list=PLsjoeaXyI1DneFX91FEgDr30CkrleYV_Q&index=6

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