Escatologia (Parte 2) – A morte e o estado intermediário

I.) A Morte Física
A.) Natureza da Morte Física – De acordo com a Escritura, a morte física é o término da vida física pela separação do corpo e alma, Ec 12.7 (comp. Gn 2.7); Tg 2.26, ideia também básica em passagens como Jo 19.30; At 7.59; Fp 1.23.
B.) Relação ente o Pecado e a Morte – A Bíblia sempre liga a morte ao pecado (Gn 2.17; SI 90.7-11; Rm 5.12; 6.23; 1 Co 15.21; Tg 1.15). A morte não é natural ao homem, mas surgiu devido à nossa rebelião contra Deus; ela é uma forma de juízo de Deus. Para a Bíblia, porém, embora a morte seja inevitável, ela não é o fim de tudo. Ensina-se claramente uma existência continuada dos justos e dos ímpios. Que as almas dos crentes sobreviverão, vê-se de passagens como Mt 10.28; Lc 23.43; Jo 11.25,26; 14.3; 2 Co 5.1; e várias outras passagens evidenciam muito bem que se pode dizer a mesma coisa das almas dos ímpios, Mt 11.21-24; 12.41; Rm 2.5- 11; 2 Co 5.10.
C.) Significado da Morte dos Crentes – Para os crentes, a morte não é o fim, mas o início de uma vida perfeita. Eles adentram a morte com a certeza de que o seu aguilhão já foi retirado, 1 Co 15.55, e de que ela é para eles a porta do céu. Eles dormem em Jesus, 1 Ts 4.14, e sabem que até os seus corpos serão finalmente arrebatados do poder da morte, para estarem para sempre com o Senhor, Rm 8.11; 1 Ts 4.16,17. Disse Jesus: “Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (Jo 11.25). E Paulo tinha a bem-aventurada consciência de que, para ele, o viver era Cristo, e o morrer era lucro (Fp 1.21). Daí, pôde ele entoar com jubilosas notas, no fim de sua carreira, o que está registrado em 2 Tm 4.7,8.

II.) O Estado Intermediário
A.) Descrição Bíblica dos Crentes entre a Morte e a Ressurreição – A posição usual das igrejas reformadas é que as almas dos crentes, imediatamente após a morte, ingressam nas glórias do céu. A Confissão de Westminster afirma que, na morte “As almas dos justos, sendo então aperfeiçoadas em santidade, são recebidas no mais alto dos céus, onde veem a face de Deus em luz e glória, esperando a plena redenção dos seus corpos”.
Alguns teólogos reformados assumiram a posição de que os crentes, ao morrerem, entram num lugar intermediário e ali permanecem até o dia da ressurreição. Todavia, a Bíblia ensina que a alma do crente, quando separada do corpo, entra na presença de Cristo, 2 Co 5.8; Fp 1.23; Lc 23.43. Estar com Cristo é também estar no céu. O Paraíso não é um lugar intermediário, mas o próprio céu (2 Co 12.2-4). Em Ap 2.7 se diz que a árvore da vida está no paraíso. E no cap. 22.1,2 se diz que a árvore da vida está no céu, isto é, onde se acha o trono de Deus e do Cordeiro. A conclusão irrecusável é que o paraíso é o céu. Ver ainda 2 Co 5.1; Hb 12.22,23.
O estado futuro dos crentes, após a morte, é um estado no qual os crentes estão verdadeiramente vivos e plenamente conscientes. O rico e Lázaro participam de uma conversação, Lc 16.19-31. Paulo descreve o estado desencarnado como “habitar com o Senhor’’, e como uma coisa preferível à vida presente, 2 Co 5.6-9; Fp 1.23. Decerto que dificilmente ele falaria dessa maneira acerca da uma existência inconsciente, que seria uma virtual não existência. Em Hb 12.23 se diz que os crentes têm chegado “aos espíritos dos justos aperfeiçoados”, o que certamente implica sua existência consciente. Ver ainda Ap 6.9; 20.4 que falam da consciência da alma após a morte.
B.) Descrição Bíblica do Estado dos ímpios entre a Morte e a Ressurreição – Diz a Confissão de Westminster que as almas dos ímpios, após a morte, “são lançadas no inferno, onde ficarão, em tormentos e em trevas espessas, reservadas para o juízo do grande dia final”. A passagem que realmente pode ser focalizada aqui é a parábola do rico e Lázaro, em Lucas 16, onde hades denota inferno, o lugar de tormento eterno. O rico achou-se no lugar de tormento; sua condição é descrita como fixa para sempre. Há também uma prova mediante dedução. Se os justos entram em seu estado eterno imediatamente, a pressuposição é que isso é igualmente verdadeiro quanto aos ímpios também.
Entendemos ainda que, segundo as Escrituras, são contrárias ao ensinamento bíblico as seguintes doutrinas a respeito do estado intermediário: Purgatório, Limbus Patrum, Limbus Infantum, Sono da Alma (Psicopaniquia), Extincionismo, Imortalidade Condicional e Segunda Prova.

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