Fé e Ciência

Textos: Gn 1.1; Rm 1.19,20; Hb 11.1,3

Introdução
– Tema difícil, não é a minha área de especialidade.
– Me arrisco um pouco na teologia e na história, mas não sou cientista.
– Tema importante: cristianismo e consequentemente os jovens cristãos são fortemente atacados nas universidades.
– Muitos jovens abandonam a igreja durante os anos da universidade entre outras razões por influência dos professores e amigos céticos.

I.) Definições
– Ciência: do latim scientia, conhecimento; corpo de conhecimentos sistematizados adquiridos via observação, identificação, pesquisa e explicação de determinadas categorias de fenômenos e fatos, e formulados metódica e racionalmente.
– Fé: do latim fidere, confiar; crer, acreditar ou confiar em um ser (Supremo ou não), em um objeto (inanimado ou não), ou em um credo (propostas ou dogmas de uma ciência ou religião).
– “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem” (Hb 11.1).
– “Fé não é certeza empírica. Se fosse certeza empírica não seria fé” (Ronaldo Guedes).

II.) Fé e ciência se contradizem?
– “Quem pensa que pode haver um conflito real entre ciência e religião deve ser muito inexperiente em ciência ou muito ignorante em religião” (Philip Henry).
– “A ciência precisamente estabelecida e a Bíblia corretamente interpretada nunca cairão em contradição” (Adauto Lourenço).
– A questão é que tipo de fé vamos abraçar, e que tipo de ciência vamos considerar.
– Temos que partir dos pressupostos da fé cristã (existem diversos sistemas religiosos) e da boa ciência.
– Fé cristã como a verdade, cosmovisão que melhor e mais coerentemente explica a realidade que nos cerca.
– Boa ciência como aquela que está alicerçada em fatos científicos devidamente comprováveis e não em meras teorias que são ‘vendidas’ como se fossem verdades absolutas e inquestionáveis. Existe uma ideologia anticristã que se veste de ciência para tentar fazer ruir os pilares da fé cristã.

III.) Relação entre fé e ciência na História
– Depois que o Cristianismo se tornou a religião oficial do Império Romano, tudo passou a ser explicado a partir da fé; tudo girava em torno da fé, que era a medida de todas as coisas (artes, literatura, etc).
– Buscava-se explicar os fenômenos da natureza através da intervenção divina.
– Filosofia Escolástica visa buscar a conciliação da fé cristã com um sistema de pensamento racional. Foi o método dominante no ensino nas universidades medievais europeias no período dos séculos IX ao XVI, que surgiu da necessidade de responder às exigências da fé. A obra-prima de Tomás de Aquino, denominado Summa Theologica, é, frequentemente, vista como exemplo maior da escolástica.
– No Escolasticismo, portanto, já havia um diálogo entre a fé e a razão. Uma não necessariamente eliminava a outra, antes se completavam.
– “A investigação científica só encontrou solo fértil depois que a fé num criador pessoal, racional, realmente impregnou toda uma cultura, a partir dos séculos da Idade Média Alta” (Stanley Jack, historiador da ciência).
– Terá sido apenas coincidência que a ciência moderna se desenvolvesse em um ambiente em ampla medida cristão, ou houve alguma coisa no próprio cristianismo que possibilitou o seu progresso?
– “Longe de obstruírem o progresso da ciência, as ideias cristãs contribuíram para torná-lo possível” (Thomas Woods).
– Essa é uma realidade silenciada nas escolas e deixada de fora do conhecimento das pessoas. O Cristianismo é constantemente difamado neste e em vários outros pontos.
– Gn 1,2; Rm 1.19,20; Hb 11.3 – Textos bíblicos que apoiam a Criação.
– Os textos bíblicos sustentam a ideia de que Deus é um criador pessoal, racional (inteligente) e digno de confiança. Portanto, pode-se esperar que sua criação seja ordenada e racional. Foi sobre esse fundamento que os primeiros cientistas desenvolveram o conceito de leis naturais e começaram a procurá-las por meio da observação e da experimentação.
– De acordo com Gn 1:26-27, os seres humanos são feitos à imagem e semelhança de Deus. Essa ideia deu aos primeiros cientistas a segurança necessária para que pudessem crer que suas mentes eram imagens finitas da mente de Deus e que, portanto, eram capazes de entender sua criação e suas leis naturais. Eles tinham motivos para confiar na razão e na lógica humana.
– No Renascimento científico (séc XV e XVI), a razão passou a ser um dos principais objetivos daqueles que pretendiam desvendar os grandes mistérios do mundo físico. As explicações religiosas foram sendo substituídas pelas explicações baseadas nas ciências; descobertas científicas também impactaram o pensamento filosófico da época.
– Iluminismo (séc XVII e XVIII) elevou a ciência ao primeiro lugar na hierarquia das atividades humanas.
– Para aqueles que queriam definitivamente “desbancar” Deus do trono, o livro “A origem das espécies”, de Charles Darwin, lançado em 1859, foi a cereja do bolo. Já não precisavam mais da explicação criacionista para explicar a origem do universo, da natureza, dos animais e seres humanos.
– Se em um determinado momento histórico a religião e a fé eram a medida de todas as coisas, a partir deste ponto, a ciência passou a ser a medida de todas as coisas.
– Os seres humanos começaram a achar que, a partir da ciência e das ideologias políticas, poderiam criar um paraíso na terra. Vide o que aconteceu no início do século XX.
– No entanto, assim como a ciência passou a questionar a fé, a fé também deve questionar a ciência, pois nem tudo o que a ciência apresenta como algo definitivo é de fato definitivo. Muita coisa não passa de teoria que é apresentado como fato.
– “A visão de que a ciência e a religião sempre estiveram — e ainda estão — envolvidas em um conflito permanente e inevitável permeia o mundo ocidental e fornece um suporte essencial para a agenda agressivamente antirreligiosa dos neoateus” (Ted Davis).

IV.) Algumas considerações
– A ciência não pode provar a existência de Deus, mas também não pode provar a Sua não existência. A existência de Deus é uma questão de fé!
– Existem ótimos argumentos sobre a existência de Deus que podem fundamentar um caminho nessa direção. No entanto, em um determinado ponto da jornada será necessário dar um salto de fé.
– Pessoalmente eu sempre achei que seria necessário mais fé para crer na teoria evolucionista do que no relato bíblico de um Criador de todas as coisas.
– Argumento do relojoeiro. Se alguém jamais tivesse visto um relógio antes e encontrasse um, pensaria que tal máquina teria surgido ao acaso ou que alguém inteligente o havia projetado? E o que dizer do universo?
– Uma das maiores construções do ser humano é um foguete ou um avião. Há altíssima tecnologia envolvida. No entanto, precisa de alguém pilotando, e não tem um sistema de reprodução. Uma ave possui uma espécie de sistema de autonavegação e ainda possui um sistema reprodutivo. Um avião foi planejado, arquitetado e uma ave teria surgido ao acaso?
– “Fé não é certeza empírica. Se fosse certeza empírica não seria fé”

Pr Ronaldo Guedes Beserra – SP, 18/05/2019

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Sobre Cristianismo Total

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